Em dias assim, eu quero subir na bicicleta e pedalar pela beira do mar, sem rumo. Quero sentir o vento secar as lágrimas do meu rosto. Eu quero sentir a brisa morna do mar arrebatar cada pensamento.
Eu quero fechar os olhos e ouvir apenas o som das ondas beijando a areia e o bater das asas das aves. E a cada pedalada, cada sopro de ar batendo em meus cabelos, ouço o murmurar de uma palavra que se repete incessantemente. Eu tento decifrá-la. Em vão.
Eu passo por construções abandonadas na beira-mar. Por casas de veraneio fechadas e vazias. Cruzo cães que se divertem na areia, correndo e pulando, felizes. Atravesso o reino inabitado de castelos de areia parcialmente derrubados pela água.
E não são poucos os corações desenhados na areia por algum casal apaixonado pelos quais eu passo. Cedo ou tarde, um a um, todos serão displicentemente apagados pelas ondas. Para que no dia seguinte, novos casais escrevam suas siglas sobre esta folha de papel instável.
Eu também vejo que o mar apaga as minhas pegadas e as marcas deixadas pelos pneus da bicicleta. Eu não sou diferente para que a minha marca não seja esquecida.
O rasante da gaivota para fisgar o peixe que se deixa vislumbrar na crista da onda é o estalo que me faz entender a palavra que se repete. Ela se reproduz ritmada, junto com cada tapa de uma onda estourando em espuma.
Liberdade.
Com a colaboração musical do Alex. 🙂
jun 12, 2012 @ 09:07:27
Olá , primeiramente gostariamos de dizer que seu blog esta lindo, adoramos muito.
Somos um grupo de sete estudantes da UERJ e estamos construindo um blog para falar de gênero, diversidade e defender outros direitos que deveriam mas não estão assegurados, gostariamos que comentassem sobre e nos ajudassem a construi tal espaço: http://equaleoxdaquestao.blogspot.com.br/
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